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31 de mai. de 2016

Hábitos

Novamente, dividindo o "mundo" pelo: físico/corpóreo, emocional/sentimental, mental/lógico.
Plenitude cotidiana. Bem-estar cotidiano. Deve ser constante ou algo acima de 85% do tempo durante um dia/noite. Hábitos "Zen". Alimentação e sono são os fundamentos. A saúde é física em primeiro lugar pois, em teoria, é a mais estudada, sendo assim, a mais possível de se alcançar com algum estudo. Seguem os exercícios que devem ser baseados em sua dieta e seu biotipo e talvez por um algum hábito antigo. A parte emocional/sentimental, removendo tudo que é ativado por hormônios, ou por estímulos físicos, está relacionada com a parte mental, quando, digamos, é "saudável". Vou sintetizar a parte mental: ataraxia. Existem muitas formas de se alcançá-la mas cada um deve desenvolver o seu método. O meu, invoco na frase/pergunta: tudo depende de como enxergas o mundo.

28 de dez. de 2015

Caminhos, objetivos, sobre tudo ou qualquer coisa

Sacrifício. Eis a grande palavra. Interpretá-la corretamente é o desafio. Interpretá-la significa analisá-la sob determinadas óticas, determinados pontos de vista. O sentido medíocre, comum, ocidental, muito superficial, está relacionado a uma determinada religião. Sob uma ótica mais ampla, não-individual, mas, talvez a da humanidade, seja exatamente: "fazer o que deve ser feito". Mas para isso é preciso enxergar longe. Nada mais lógico, pois, sacrifícios são ações que devem ser feitas afim de alcançar determinado/s objetivo/s. Esqueçamos tudo o que sabemos sobre isso, não há relação entre sacrifício e morte. Isso é a romantização, ou o embebedamento, ou o embobamento da humanidade ao longo do séculos e culturas. É claro que, em um determinado contexto, nada impede que possa haver alguma relação. Sacrifício, sacrificar... essa palavra tem um peso que não deveria ter. Talvez devamos inventar uma outra palavra, estritamente relacionada com a lógica para fazer aquilo que deve ser feito, derrubando as barreiras internas, pessoais, psicológicas, familiares, sociais, emocionais, culturais, etc... Se um obstáculo se impõe é necessário agir com lógica para atravessá-lo, ou derrubá-lo, ou contorná-lo, ou até mesmo, esperar e observar. O essencial de tudo isso é não retroceder. Eis uma interpretação resoluta! Podemos associar isso a diversas outras "coisas", para mim, me parece essencial entender "a doma do boi", ou "o cocheiro, a carruagem e o cavalo", ou qualquer outra analogia com corpo/instintos/emoções/sentimentos/intelecto/raciocínio. Eis um outro desafio.

12 de abr. de 2015

Venerável Nasurdin III

Nasrudin entrou na casa de chá. Olhou os presentes e exclamou:
- "A Lua é de maior utilidade que o Sol."

Interrogaram-se os ouvintes. Seria verdade tal asseveração?
Até que o questionaram:
- "Porquê, Mullá?"
- "Ora, necessitamos de mais luz à noite que de dia.”

19 de fev. de 2015

Venerável Nasurdin II

Um filósofo marcou um debate com Nasrudin. À hora determinada não o encontrou em casa.
Furioso e num ímpeto, com um pedaço de carvão escreveu no portão: “Imbecil”.
O Mullá ao chegar, correu de imediato a casa do filósofo.

- Mil desculpas pelo sucedido. Tal não volta a acontecer. Relembrei nosso compromisso quando seu nome vi escrito no portal de meu quintal.

11 de fev. de 2015

Venerável Nasurdin I

Nasrudin, na praça do mercado. Dirigiu-se à multidão.

- Ó Povo deste lugar! Minha boa gente! Que sempre trago no coração!

Quereis conhecimento sem dificuldade?
Verdade sem réstia de falsidade?
Realização sem esforço?
Progresso sem sacrificio?

- Queremos, queremos!

O número de pessoas era cada vez maior e todos bradavam, do mais velho ao mais moço. No meio de todo o entusiasmo, de toda aquela gente, disse o Mullá:

- Excelente! Apenas o queria saber para bem entender. Confiem em mim como em vossos pais confiastes e confiais. Porfiai que tudo a respeito vos contarei caso algum dia descubra algo assim.

23 de mar. de 2012

Citação - Musashi

Na conduta das artes marciais, não deixar o estado correto da mente seja diferente da mente cotidiana.
Miyamoto Musashi

15 de fev. de 2011

Zen

Ao terminar o verão, Yang-Shan fez uma visita a Kurei-Shan.

- "Não o vi por todo o verão, o que tens feito?"
- "Estive cultivando um pedaço de terra e terminei de plantar umas sementes."
- "Então não desperdiçaste o verão!"
- "Nem um pouco! E tu, como passaste o verão?"
- "Uma refeição por dia e um bom sono à noite!"
- "Ah! Então também não desperdiçaste o verão!"

14 de fev. de 2011

Zen

Quatro monges decidiram meditar em silêncio absoluto, sem falar nada por duas semanas. Na noite do primeiro dia, a vela que iluminava o quarto se apagou.

"A vela apagou", disse o primeiro monge.
"Não devíamos ficar em silêncio completo?", perguntou o segundo.
"Por que vocês dois quebraram o silêncio?", perguntou o terceiro.
"Ah! Eu fui o único que não falou", exclamou o último monge.

29 de dez. de 2010

Devaneio Discordiano

ATCHUNG! Esta história que irão ter o (des)prazer de acompanhar pode ser verdadeira. Pode, também não o ser. Verdade e mentira... duas faces da mesma moeda. Pode ainda não ser nenhum dos dois casos. Interpretações tanto literais como metafóricas são encorajadas – desde que não usadas como desculpa para queimar alguém ou fazer explodir as torres gêmeas.
Obrigado.

Conta-se que há muitos séculos atrás... quando a deusa Éris conheceu YHVH (será que devíamos contar isto?) a senhora não ficou nada impressionada. E o aspecto físico de Éris é do tipo que qualquer sujeito faria de tudo para impressionar.

- "Eu sou o Alfa e o Omega, sabes?" (disse YHVH, puxando conversa) "Sou o Todo-poderoso. E não há coisa que eu não possa fazer!... "

- "Oh!... A sério?..." Respondeu Éris bocejando de tédio e mais preocupada em observar Teseu que se baixava para apanhar um cigarro que se soltara do maço – os gregos usavam aquelas togas e... sempre que se baixavam para apanhar coisas, era uma indecência – e sujeitos como Teseu estavam sempre a deixar cair coisas... Alguns historiadores como Rutherford e Newton, inclusive sustentam a tese de que o clássico "deixar cair o lenço" das mulheres nasceu na Grécia, para que as indecências acontecessem.

- "Eu sempre gostei mais de Pi. De Kappa. Alfa é muito nariz empinado, sabes? Por ser o primeiro & tal. E o Ómega, a não ser que esteja inserido numa trindade... mas não, não faz o meu género".

- "Trindade?", (aqui YHVH pensou durante uns segundos, o que não era hábito dele) "Mas, madamme... Diga-me alguma coisa que possa fazer".

Éris no mesmo momento teve a certeza de que ele a estava a seduzir. Olhou-o dos pés à cabeça e teve a ideia de criar discórdia. Aliás, essa era a sua função enquanto divindade.

- "Ok"!... (disse ela, cruzando os braços) "Diz àquele sujeito que olhe para mim..."

- "Eu?" (Perguntou YHVH, es-pan-ta-do) "Acho melhor não, sabes?..."

- "E que tal aquele?"

- "Abraão? Tudo bem. O que queres que faça?".

- "Manda... Olha, ele que mate o filho".

Nessa época os deuses ainda sabiam o nome e as bisbilhotices que iam pelo mundo sem necessidade de recorrer a revistas cor-de-rosa. Hoje em dia, divindades como YHVH possuem assessores para lidar com isso e não se dão ao trabalho de saber, sequer, o nome do papa.
YHVH chamou então um dos seus garotos de recados (formalmente conhecidos hoje como anjos, mas que na época não eram absolutamente nada respeitados). Para se ter uma idéia, no panteão egípcio, YHVH tinha a mesma fama de Michael Jackson por causa de seus "garotos" de quem diz "gostar de dividir a cama... ou seria o pão(?) com eles".

- "Oh não!... Não mates o pobre rapaz!" Disse Éris quando se apercebeu das intenções de YHVH.

- "O quê?" Perguntou YHVH confuso.

- "Não podes fazer tudo o que te dá na bolha, Gama?" Desafiou-o.

- "É Alfa e Omega. E posso sim!..." disse ele antes de assobiar para um de seus garotos. Este olhou para ela e mostrou-lhe a língua ou algo pior. Já não me recordo muito bem da parábola.

- "Estás a ver?" perguntou YHVH, enquanto olhava para o garoto que interrompeu Abraão no seu ritual... claro que Abraão ficou realmente furioso quando o garoto com asas de galinha surgiu e disse "Punk’d" ou algo parecido.

- "Não!... Não podes". Gritou Éris.

- "Claro que posso".

- "Não. Não podes".

- "Eu aposto que posso, querida! Eu aposto por De... Pela vida do meu único filho!"

- "Ok, Faz-me um círculo quadrado". respondeu Éris, farta de o aturar.

- "Foda-se!...", pensou, mas não disse, YHVH.

Éris olhou para ele com um sentimento de pena e saiu de cena. Passados alguns minutos de reflexão, YHVH saiu colérico (alguns dizem que a chorar). Saiu e foi contar a todos que Eva comera a bendita maçã. Na verdade ela (Eva) era apenas a mulher do jardineiro. Eles eram naturalistas.
Só muitos séculos depois, é que YHVH pagaria a aposta.

O resto é história.

15 de mai. de 2010

Zen

Em um mosteiro havia um velho monge que deixava os jovens totalmente intimidados. Não que ele fosse severo, mas porque nada, absolutamente nada parecia perturbá-lo ou afetá-lo. Os jovens viam nele algo de inquietante e resolveram testar a paciência do velho monge.

Numa escura manhã de inverno, quando era tarefa do velho monge levar a oferenda de chá a sala do monge superior, o grupo de jovens se escondeu em uma das curvas do longo e sinuoso corredor do mosteiro. Quando o velho se aproximou, eles saíram do esconderijo dando gritos assustadores. Mas de nada adiantou.

Sem querer alterar o passo, o velho monge seguiu andando com calma, levando cuidadosamente a bandeja de chá. Próximo a sala havia uma mesinha. O velho foi até ela, colocou a bandeja de chá, cobriu-a para protegê-la da poeira e, então, só então, apoiando-se contra a parede, deu um grito, numa exclamação de susto.

O mestre Ikkyu ao relatar essa história disse: "Não há nada de errado em ter emoções. Só não devemos deixar que elas não impeçam de fazer o que estamos fazendo."

22 de abr. de 2010

Zen

Um monge budista tornou-se fazendeiro. Ele abandonou o monsteiro porque queria ter uma família. Conseguiu umas terras e ali foi seguindo sua vida. Um dia seu cavalo fugiu. Ao saberem da notícia, os vizinhos vieram visitá-lo.

- "Que azar!", eles disseram solidariamente.
- "Talvez.", respondeu o fazendeiro.

Na manhã seguinte o cavalo retornou com mais três cavalos selvagens.

- "Que sorte!", exclamaram os vizinhos.
- "Talvez.", respondeu o fazendeiro.

Na manhã seguinte ao tentar domar um dos cavalos selvagens, o filho do fazendeiro foi derrubado e quebrou a perna. Os vizinhos novamente vieram prestar solidariedade.

- "Que pena!", eles disseram.
- "Talvez.", respondeu o fazendeiro.

No outro dia oficiais militares foram até a vila convocar todos os jovens porque o exército estava entrando em guerra. O filho do fazendeiro foi dispensado porque estava com a perna quebrada. Os vizinhos correram para congratular o fazendeiro pela forma com que as situações tinham se virado ao seu favor. Ele apenas sorriu e disse: "Talvez!".

2 de abr. de 2010

Zen

Uma linda garota da vila ficou grávida. Seus pais exigiram saber quem era o pai. Com medo de confessar, a menina acusou Hakuin, o mestre zen que dirigia um mosteiro ali perto. A surpresa foi geral.

Quando os pais foram procurar Hakuin para falar sobre a acusação da filha, ele simplesmente disse: "É mesmo?"

A criança nasceu e os pais a levaram para Hakuin, que já havia perdido sua reputação. Eles exigiram que ele tomasse conta da criança, já que era sua responsabilidade.

"É mesmo?", disse Hakuin.

Por muitos meses ele cuidou carinhosamente da criança até o dia em que a menina não aguentou mais sustentar a mentira e confessou que o verdadeiro pai era um jovem da vila que ela estava tentando protejer.

Os pais imediatamente foram até Hakuin. Constrangidos, perguntaram se ele poderia devolver a criança e explicaram o que tinha acontecido.

"É mesmo?", disse Hakuin enquanto devolvia a criança.

5,5,5

22 de mar. de 2010

Zen

Ao encontrar um mestre zen em um evento social, um filósofo deciciu colocar-lhe uma questão.

- "Como exatamente você ajuda as pessoas?"
- "Eu as alcanço naquele momento mais difícil, quando elas não tem mais nenhuma pergunta a fazer."

24 de fev. de 2010

Zen

No palácio estavam o imperador, seus ministros e mandarins, todos aguardavam solenemente a presença do mestre Hakuin no salão principal. Ele havia sido convidado para dar uma palestra sobre zen. O mestre subiu ao palco e ficou, por alguns momentos, observando os presentes. Apanhou seu bastão de bambu, deu uma pancada com toda força no chão e depois se retirou. O imperador e os ministros se olharam, esperando que algo acontecesse.

- "Vossa majestade entendeu?", perguntou o mandarim.
- "Não entendi coisa alguma.", disse o imperador.
- "O mestre já explicou tudo o que poderia ser explicado sobre zen.", disse o mandarim.

20 de fev. de 2010

Graduações

Existem aqueles que só sabem o que é agradável e o que é desagradável.
Existem aqueles que pensam que sabem o que é certo e o que é errado.
Existem aqueles que sabem que nada importa e tudo importa.
E existem aqueles que não existem.

Há! Olha o Zen fazendo efeito!

9 de fev. de 2010

Zen

Um samurai chamado Nobushige encontrou o mestre Hakuin numa estrada.

- "Mestre, existem realmente um paraíso e um inferno?"
- "Quem és tu?", perguntou Hakuin.
- "Um samurai.", repondeu o outro.
- "Tu, um gerreiro?!", exclamou Hakuin. "Não me faça rir, parece um mendigo."

Isso soou como uma ofensa para o samurai que desembainhou a espada. E Hakuin continuou a provocação.

- "Ah, e ainda tens uma espada! Será que ela é afiada o suficiente para cortar minha cabeça?"


Cego de fúria o samurai levantou a espada, pronto para decepar Hakuin. O mestre com muita calma, levantou um dedo.

- "Aqui se abrem as portas do inferno.", disse o mestre.

Diante dessas palavras o samurai se deteve e compreendendo o ensinamento do mestre, guardou a espada e fez uma reverência.

- "Aqui se abrem as portas do paraíso.", conclui o mestre.