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24 de nov. de 2015

Sutil estado

A percepção clara dos variados estados de consciência exige um trabalho prévio sobre si, sobre intra-observações, sobre autoconhecimento em termos gerais/comuns. Essas "coisas" não são acessíveis a todos, e, quando são, na maioria das vezes, se esvaecem mediante ao estilo de vida que essa pessoa adota, ou melhor, que é imposto à ela. Não existem impulsos que fortaleçam e desenvolvam tais percepções e estas, por sua vez, devem ser projetadas: em si (internas), em terceira pessoa, em terceira pessoa com um acompanhamento superior, e causadas por rememorações de outros estados conscienciais já alcançados em algum momento anterior. Vejam o quanto é difícil "variar a si", dentro de uma mesma experiência. Em termos simples, é a adoção de diferentes pontos de vista sobre um momento, sobre uma experiência. É o que sempre chamei, que neologizei de "referênciais", ou "estado referêncial", etc... Esses impulsos precisam ser aplicados em determinados momentos específicos, é difícil explicar já que não se trata de uma "força" ou de uma "vontade". Poderia dizer que tais impulsos são um conjunto que formam uma experiência específica. Sei que é possível teorizar sobre isso tudo e é o que estou fazendo agora, entretanto, precisamos dar nomes a coisas não visíveis, não palpáveis, definir "estados psicológicos", estados conscienciais. E como saber se, o que você é nesse momento é o que descrevo? Outra dificuldade que encontro, reside na memória do momento de "inspiração" ou de "referenciação". De estar em outro estado consciencial, conseguir teorizar, pensar e solucionar determinadas questões que só parecem plausíveis naquele estado, pois fora dele, não faz sentido. Isso me lembra dos "fluxos". Uma coisa é certa, se distanciar desse estado, basta viver vulgarmente, de maneira comum, rotineiramente, como todos. E é certo que uma vontade consciente de "observação" ....

19 de set. de 2011

Estudos evolutivos II

Os "referenciais" para mim sempre serão objetos inesgotáveis de estudos. Acho muito difícil me arrepender do que digo pois eles abrangem a causa e o efeito das mutações da consciência. E essas, por sua vez, facilitam a meta-última: a ação. A única forma de se esgotarem, se me conheço bem, seria obtendo o seu controle pleno, o que traria uma outra meta mais "elevada". Digo "ação" como meta final pois é relativamente fácil, pensar, idealizar, raciocinar "coisas elevadas". O empecílio maior é conseguir colocar em prática alguma porcentagem satisfatória e  transformadora dessas "coisas". Esse é um tema que muitas vezes é suplantado por outros assuntos quaisquer, alguns até de extrema importância num dado momento, mas que sempre retorna com a mesma vitalidade de antes. Só perco tempo escrevendo sobre tais "coisas abstratas" porque, todo esse processo de fala interior, de pensar, de associar a linguagem ao pensamento e as observações cotidianas, tem seu percentual de ajuda nessa consolidação para a prática. Além, de me ajudar no domínio redatório desse "estilo prosáico".

Por enquanto não consigo nem imaginar qual seria a meta seguinte ao domínio dos "referenciais". É uma pena! Se pelo menos, vislumbrasse algo, tornaria toda essa fase atual de trabalho muito mais fácil, na tomada de um rumo. Esse tema, quando posto em um diagrama hierárquico, me parece ser "o instrumento direto" da vontade sobre a consciência. Esse é o ponto! Ele se encaixa no mesmo grupo, e trabalha com outros temas escorregadios e subjetivos, como por exemplo, o amor e a arte. Mas... creio que  assim deva ser! Pois ao contrário de tudo o que chamamos de objetivo, não é possível definir um limite para tais coisas, esse é outro ponto muito importante.

A evolução é um fato, é algo que permeia tudo, é uma constante no nosso ambiente, somos forçados a isso, caso contrário, coisas análogas a perda acontecem. São as experiências e o que fazemos com elas que conduzem ao "caminho". Podemos definir o nível evolutivo de uma pessoa, primeiramente pela sua intenção, seguido dos seus interesses e objetivos. Estes são os componentes magnos na nossa escalada evolutiva. Eles expõem muito claramente as experiências passadas e "racionalizadas", e as que ainda "faltam". Não me contento com aquelas pessoas que dizem que seguem a boiada na subida da montanha. O tempo vai e não volta! Acelerar esse processo evolutivo, ou de como viver mais e melhor, é um assunto que deve ser posto acima de todos. Para que temos um cérebro?

Tudo isso, de uma forma ou de outra, se expande ao redor de si, gera o exemplo. Assim formam-se os "ídolos". Por isso devemos ter muito cuidado com o "ímpeto da escolha" e da própria escolha, de nossos ídolos, sobretudo durante a fase de formação. Parafraseando alguma grande cabeça, onde não me recordo seu nome e somente sua frase se fixou: "A melhor maneira de se educar é pelo exemplo. E a maior prova de admiração é a imitação."

Ao analisarmos as coisas que nos movem e que movem o "mundo", acabamos classificando: o dinheiro, a apreciação social, o sexo e os entreternimentos em geral, como objetivos "primário-finais". É assim que pensamos durante a maior parte do "tempo". Nada de muito errado, apenas estamos, quando pensamos dessa forma, um degrau abaixo das nossas capacidades. Sem "tensão" e o estímulo apropriado, não há progressão. Essas "necessidades" devem ser o efeito, o resultado, o "secundário", de "trabalhos evolutivos". Caso contrário, e relembrando, "todas as conquistas serão frágeis". As vezes escrevo o óbvio, percebo isso só muitos meses depois quando eventualmente releio algo. Peço perdão! Isso tudo tem a ver com a velha história do real x ideal. Ou das necessidades naturais x artificiais. Do documental x ficcional.

"Use tudo a seu favor!" Esse é um aforismo que formulei a muito tempo quando estava mais "puro" e que tem se tornado difícil de se usar, de se "referênciar". As condições cotidianas de viver são muito importantes para se "referênciar". Devemos criar hábitos, para assim, aprimorar os valores morais, eles trazem a responsabilidade, e com ela a liberdade. Que por sua vez, para ser bem usada necessita do início do ciclo, valores morais solidificados. É uma espiral! Nunca encontrei nada de cunho científico sobre os "referências", fico até muito desconfiado, elocubrando diversas teorias conspiratórias. Chego a pensar que é algo velado, escondido, etc.

Não posso "terminar" esse texto, não é impossível mas exigiria preencher grandes lacunas entre esses diversos pensamentos para ter a "lógica normal". Então, descondicione-se, nem que seja por alguns poucos minutos. Verá como é difícil "referenciar-se"!