24 de nov. de 2015

Sutil estado

A percepção clara dos variados estados de consciência exige um trabalho prévio sobre si, sobre intra-observações, sobre autoconhecimento em termos gerais/comuns. Essas "coisas" não são acessíveis a todos, e, quando são, na maioria das vezes, se esvaecem mediante ao estilo de vida que essa pessoa adota, ou melhor, que é imposto à ela. Não existem impulsos que fortaleçam e desenvolvam tais percepções e estas, por sua vez, devem ser projetadas: em si (internas), em terceira pessoa, em terceira pessoa com um acompanhamento superior, e causadas por rememorações de outros estados conscienciais já alcançados em algum momento anterior. Vejam o quanto é difícil "variar a si", dentro de uma mesma experiência. Em termos simples, é a adoção de diferentes pontos de vista sobre um momento, sobre uma experiência. É o que sempre chamei, que neologizei de "referênciais", ou "estado referêncial", etc... Esses impulsos precisam ser aplicados em determinados momentos específicos, é difícil explicar já que não se trata de uma "força" ou de uma "vontade". Poderia dizer que tais impulsos são um conjunto que formam uma experiência específica. Sei que é possível teorizar sobre isso tudo e é o que estou fazendo agora, entretanto, precisamos dar nomes a coisas não visíveis, não palpáveis, definir "estados psicológicos", estados conscienciais. E como saber se, o que você é nesse momento é o que descrevo? Outra dificuldade que encontro, reside na memória do momento de "inspiração" ou de "referenciação". De estar em outro estado consciencial, conseguir teorizar, pensar e solucionar determinadas questões que só parecem plausíveis naquele estado, pois fora dele, não faz sentido. Isso me lembra dos "fluxos". Uma coisa é certa, se distanciar desse estado, basta viver vulgarmente, de maneira comum, rotineiramente, como todos. E é certo que uma vontade consciente de "observação" ....

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