Uma mentira bonita é uma verdade.
7 de dez. de 2011
2 de dez. de 2011
1 de dez. de 2011
26 de nov. de 2011
Prospecções
5 de out. de 2011
RBN - Lei da queda
Tudo o que existe no mundo "cai-para-baixo". O "baixo" é, para cada parte do Universo, a "estabilidade" mais próxima, e esta estabilidade é o ponto em direção ao qual convergem as linhas de força que vêm de todas as direções.
Os centros de todos os sóis e de todos os planetas de nosso Universo são, precisamente, tais pontos de estabilidade. Eles são o "baixo" dessa zona do espaço em direção à qual tendem rigorosamente, e onde se concentram, vindas de todas as direções, as forças de uma parte dada do Universo. Em cada um desses pontos se encontram igualmente o centro de gravidade que permite aos sóis e aos planetas manter suas posições respectivas.
3 de out. de 2011
29 de set. de 2011
27 de set. de 2011
Interrogando um dos Sete Sábios
Ele dizia que a morte não difere da vida. "Por que, então", disse alguém, "não morres?" "Porque", disse ele, "não faz diferença". Quando lhe perguntaram quem era mais velho, o dia ou a noite, ele respondeu: "A noite é mais velha por um dia." Alguém perguntou se o homem pode ocultar aos deuses uma ação má: "Não", respondeu ele, "Nem sequer um mau pensamento". A um adúltero que lhe perguntou se poderia negar a acusação mediante juramento ele respondeu que o perjúrio não era pior que o adultério. A alguém que lhe perguntou qual era a coisa mais difícil ele respondeu: "Conhecer-se a si mesmo." "E qual a mais fácil?" "Dar conselhos aos outros." "Qual a coisa mais agradável?" "O sucesso." "Que é o divino?" "O que não tem princípio nem fim." Quando lhe perguntaram qual foi a coisa mais rara que ele já vira, sua resposta foi: "Um tirando idoso." "Como poderá uma pessoa suportar melhor a adversidade?" "Se lhe for possível, ver seus inimigos em situação pior." "Como poderemos viver da maneira melhor e mais justa?" "Abstendo-nos de fazer o que censuramos nos outros." "Quem é feliz?" "Quem tem o corpo saudável, o espírito atilado e a natureza dócil." Ele nos diz que devemos lembrar-nos dos amigos quer estejam presentes, quer ausentes; que não devemos orgulhar-nos de nossa aparência, e sim esforçar-nos por ser belos no caráter. "Não devemos enrriquecer de maneira condenável" - diz ele - "e nem mesmo uma palavra deve tornar-nos odiosos a quem confiou em nós". "Deves esperar de teus filhos tudo o que fizeste por teus pais." Ele explicava a cheia do Nilo como sendo devida aos ventos etésios que, soprando na direção contrária, forçam as águas a refluírem.
"Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres", Diôgenes Laêrtios, Tales de Mileto
20 de set. de 2011
Denunciando-se
Freqüentemente me pego sonhando com coisas ou situações absurdas. Coisas que jamais faria quando acordado. Essas experiências oníricas denunciam parte do que você é, das suas influências, dos seus pensamentos, sobretudo os cotidianos. É fato que isso em parte são: desejos reprimidos, algumas "mimações" e também muitas "idéias" bastante enrraizadas. Isso é uma imensa vulnerabilidade! Uma grande deficiência! Creio que isso não aconteceria, ou pelo menos seria bastante minimizado se minha educação moral, se meus "referências" fossem fortes o suficiente para rebater tudo isso. O consciente e o inconsciente são reflexos mútuos e, querendo ou não, fazem parte de nós. Negar o inconsciente por não ter o seu controle é estupidez. É uma pequena deficiência que acaba se transformando em uma grande falha, como se fosse uma espécie de vício. Isso imprime em meu ser, me faz realmente compreender que todo problema deve ser resolvido o mais rápido possível. Pode-se muito bem colocar isso como uma regra "quase-universal", hehe. Por enquanto já consigo enxergar isso, faltam agora os "referênciais" apropriados para gerar hábitos, costumes e valores de um paladino, hehe.
...sofia
Lembro-me que, "andando" nalgum fórum ateu qualquer, encontrei uma tirinha que me fez pensar. Ao invés de postá-la aqui, vou tentar descrevê-la pelos recortes da memória. Ler torna mais gostosa a imaginação.
A tirinha é bem simples, são cinco personagens, todos gabando de sua ciência, começando pelo sociólogo discursando sobre a importância de seus estudos. Chega o psicólogo dizendo que a sociologia nada mais é do que psicologia aplicada. Entra em cena o biólogo retrucando que a psicologia é apenas reflexo de funções biológicas. Chega o químico, onde concluí que isso não passa de reações químicas. Chega o físico e dá uma risadinha. Quando pensa em falar, todos ouvem uma voz bem distante. É o matemático, lá... bem distante de todos.
Fiquei pensando onde estaria o filósofo nessa escala... por fim, acabei lembrando que, a filosofia, a autêntica, a original, era uma mistura de todas essas ciências e outras mais. O que um filósofo falaria presses caras?
19 de set. de 2011
Estudos evolutivos II
Os "referenciais" para mim sempre serão objetos inesgotáveis de estudos. Acho muito difícil me arrepender do que digo pois eles abrangem a causa e o efeito das mutações da consciência. E essas, por sua vez, facilitam a meta-última: a ação. A única forma de se esgotarem, se me conheço bem, seria obtendo o seu controle pleno, o que traria uma outra meta mais "elevada". Digo "ação" como meta final pois é relativamente fácil, pensar, idealizar, raciocinar "coisas elevadas". O empecílio maior é conseguir colocar em prática alguma porcentagem satisfatória e transformadora dessas "coisas". Esse é um tema que muitas vezes é suplantado por outros assuntos quaisquer, alguns até de extrema importância num dado momento, mas que sempre retorna com a mesma vitalidade de antes. Só perco tempo escrevendo sobre tais "coisas abstratas" porque, todo esse processo de fala interior, de pensar, de associar a linguagem ao pensamento e as observações cotidianas, tem seu percentual de ajuda nessa consolidação para a prática. Além, de me ajudar no domínio redatório desse "estilo prosáico".
Por enquanto não consigo nem imaginar qual seria a meta seguinte ao domínio dos "referenciais". É uma pena! Se pelo menos, vislumbrasse algo, tornaria toda essa fase atual de trabalho muito mais fácil, na tomada de um rumo. Esse tema, quando posto em um diagrama hierárquico, me parece ser "o instrumento direto" da vontade sobre a consciência. Esse é o ponto! Ele se encaixa no mesmo grupo, e trabalha com outros temas escorregadios e subjetivos, como por exemplo, o amor e a arte. Mas... creio que assim deva ser! Pois ao contrário de tudo o que chamamos de objetivo, não é possível definir um limite para tais coisas, esse é outro ponto muito importante.
A evolução é um fato, é algo que permeia tudo, é uma constante no nosso ambiente, somos forçados a isso, caso contrário, coisas análogas a perda acontecem. São as experiências e o que fazemos com elas que conduzem ao "caminho". Podemos definir o nível evolutivo de uma pessoa, primeiramente pela sua intenção, seguido dos seus interesses e objetivos. Estes são os componentes magnos na nossa escalada evolutiva. Eles expõem muito claramente as experiências passadas e "racionalizadas", e as que ainda "faltam". Não me contento com aquelas pessoas que dizem que seguem a boiada na subida da montanha. O tempo vai e não volta! Acelerar esse processo evolutivo, ou de como viver mais e melhor, é um assunto que deve ser posto acima de todos. Para que temos um cérebro?
Tudo isso, de uma forma ou de outra, se expande ao redor de si, gera o exemplo. Assim formam-se os "ídolos". Por isso devemos ter muito cuidado com o "ímpeto da escolha" e da própria escolha, de nossos ídolos, sobretudo durante a fase de formação. Parafraseando alguma grande cabeça, onde não me recordo seu nome e somente sua frase se fixou: "A melhor maneira de se educar é pelo exemplo. E a maior prova de admiração é a imitação."
Ao analisarmos as coisas que nos movem e que movem o "mundo", acabamos classificando: o dinheiro, a apreciação social, o sexo e os entreternimentos em geral, como objetivos "primário-finais". É assim que pensamos durante a maior parte do "tempo". Nada de muito errado, apenas estamos, quando pensamos dessa forma, um degrau abaixo das nossas capacidades. Sem "tensão" e o estímulo apropriado, não há progressão. Essas "necessidades" devem ser o efeito, o resultado, o "secundário", de "trabalhos evolutivos". Caso contrário, e relembrando, "todas as conquistas serão frágeis". As vezes escrevo o óbvio, percebo isso só muitos meses depois quando eventualmente releio algo. Peço perdão! Isso tudo tem a ver com a velha história do real x ideal. Ou das necessidades naturais x artificiais. Do documental x ficcional.
"Use tudo a seu favor!" Esse é um aforismo que formulei a muito tempo quando estava mais "puro" e que tem se tornado difícil de se usar, de se "referênciar". As condições cotidianas de viver são muito importantes para se "referênciar". Devemos criar hábitos, para assim, aprimorar os valores morais, eles trazem a responsabilidade, e com ela a liberdade. Que por sua vez, para ser bem usada necessita do início do ciclo, valores morais solidificados. É uma espiral! Nunca encontrei nada de cunho científico sobre os "referências", fico até muito desconfiado, elocubrando diversas teorias conspiratórias. Chego a pensar que é algo velado, escondido, etc.
Não posso "terminar" esse texto, não é impossível mas exigiria preencher grandes lacunas entre esses diversos pensamentos para ter a "lógica normal". Então, descondicione-se, nem que seja por alguns poucos minutos. Verá como é difícil "referenciar-se"!
4 de set. de 2011
Devaneio Cosmo-matemático
Como o "Um" se torna "Dois" gerando o "Infinito". X é uma "existência", um ser/estar. Y é o contra-ponto, o "Não-ser", o "Vazio", o "Nada". Teoricamente o "Três" não existe sem os dois, ou seja, não existe movimento/ação/vida. São totalmente complementares.
X e Y
X+Y=Z
Z+X ou Z+Y ou Z+Z= A ou B ou C
A+X ou A+Y ou A+Z ou A+A ou A+B ou A+C ...
2 de set. de 2011
26 de ago. de 2011
Anotação - Para tensionar
23 de ago. de 2011
Regra Universal I
Não existe nada, absolutamente nada que não sucumba/morra/definhe/estrague/quebre/desapareça na falta de um(a) manutenção/zêlo/cuidado/estímulo constante. Essa regra é universal porque pode ser usada em qualquer situação, em qualquer lugar e em qualquer tempo.
17 de ago. de 2011
16 de ago. de 2011
Cérebro
Axioma - Neurônios cujas descargas são simultâneas tem suas conexões consolidadas. Use-o ou perca-o!
13 de jul. de 2011
Estudos evolutivos...
Isso é mais um daqueles pensamentos óbvios mas que não conseguimos chegar neles sem algum esforço. Fica então a cargo daquelas pessoas "vontajosas", buscadoras, persistentes, que estão sempre inquietas ou insatisfeitas com o estado atual de si e das coisas.
Mas, enfim, estava a estudar algumas palestras de um "filósofo-cientista-historiador alternativo" na qual ele especulava sobre a vida fora da Terra e propunha o seguinte pensamento; "existem alguns bilhões de planetas e alguns milhões de estrelas nessa galáxia que chamamos de Via Láctea. Assim como ela, existem outras milhões de galáxias, todas nesse universo e..." - aqui vem a grande "sacada óbvia" - "...assim como esse universo, existem outros milhões de universos, seria muita ingenuidade acreditar que somos os únicos..."
Me ocorreu na hora um pensamento meio louco em que, ao admitir essa "multiversalidade", poderíamos compreender algumas leis que regem esse universo e que até hoje não temos uma explicação razoável, como por exemplo a lei da gravidade. Elas se fundamentaríam nesses outros universos e a ligação entre eles seria por alguma dessas teorias dimensionais, como a das supercordas, por exemplo. E porque não, também, supor alguns milhões de dimensões?
É fato que esses assuntos parecem sem sentido, que não tem nada de prático, que se tratam de coisas impalpáveis etc. Mas, contudo, todavia, entretanto... isso tudo pode ter muito sentido, pode também ser algo utilizável e muito palpável. Como? "Chuang Tsu sonhou ser uma borboleta, mas ao acordar, não sabia se agora era uma borboleta que sonhava ser um homem." Tudo a seu tempo... se não acabamos tentando "saltar pelos próprios joelhos", como diria Nasrudin. A questão é, quando? E a resposta é, agora! Devagar e sempre pois, devagar é pressa!
11 de jul. de 2011
Apresentação - O Mundo como Vontade e como Representação
Toda vida é sofrimento. E mesmo que os desejos sejam satisfeitos e levem ao alívio do sofrer, contra cada desejo satisfeito existem dez que não o são; e o desejo satisfeito volta ao fim da fila, exigindo nova satisfação, com o que a ilusão se renova. Se os desejos são satisfeitos muito rapidamente, sobrevém o tédio; se demoram, sobrevém a necessidade angustiosa. O primeiro é mais comum às classes sociais ricas; esta última, às classes sociais pobres. Paliativos contra tal estado de coisas são sobretudo os narcóticos e as viagens de turistas. Em ambos os casos o homem tenta fugir de si mesmo, da própria condição, do seu "maior delito" - ter nascido. A razão é impotente para mudar esse estado de coisas; Schopenhauer a aponta como secundária em relação ao querer cósmico, é um mero momento dele, e nisso o filósofo revoluciona a tradição, para a qual o querer era um momento racional, como Descartes exemplarmente indica em suas Meditações metafísicas. O homem, assim, perde a proteção da faculdade racional, e os demônios do mundo são revelados, vê-se nitidamente o inferno do sofrimento e da irrazão, comprovados pelas guerras e violências em seus aspectos mais tenebrosos.
Lembrando que, para Tio Schop, a contemplação das artes elimina temporariamente esse sofrimento, se invertem os papéis e o homem deixa de Representar para estar como um expectador da Vontade.
4 de jul. de 2011
Retornando
Apesar dessa doença possuir alguns sintomas muito próprios, a maioria deles é comum ao de gripes e resfriados mais fortes. O diagnóstico dos sintomas feito de maneira leviana nos hospitais, que é o meu caso e o de próximos a mim, me causa uma enorme repulsa desses doutores que diagnosticam tudo como virose, ou como algum tipo de alergia, ou ainda jogam a culpa no clima e te entopem de medicamentos inúteis. Na tentativa de dissuadí-los desses falsos diagnósticos, eles com aquele ar de autoridade, falam: "todo mundo está assim". Santa paciência! Os conselhos da vovó são muito mais úteis pois não há cura para essa doença, ela vai cedendo aos poucos.
Nesse grande intervalo de tempo, depois de muita pesquisa e de diagnosticar-me corretamente, cheguei a fazer alguns experimentos na tentativa de gerar alguma qualidade de vida pois ela praticamente não existe. Fui "vacinado" contra isso quando criança mas a vacina só dura aproximadamente 10 anos, ufa... A tosse constante e incontrolável é o grande problema, sendo assim, você não vai dormir a noite de maneira nenhuma, o que vai lhe trazer um mau-humor fenômenal no raiar do sol. O melhor a se fazer é "trocar o dia pela noite" pois as crises são muito mais brandas de dia. A explicação mais razoável que encontrei sobre isso diz que, todo o sistema respiratório está debilitado e muitíssimo sensível, sobretudo às mudanças de temperatura. Ponto para a vovó quando diz para não pegar sereno, hehe.
Tive também idéia de fazer algumas gravações de áudio da tosse no momento mais crítico da doença. Não foi possível avaliar muita coisa mas muito me impressionou a precisão do intervalo das tosses. No período dois da doença, sabendo que ela têm três fases e sendo a segunda a mais crítica, o intervalo de tosses era de 1minuto e 32segundos, de vez em quando havia uma variação de 1 segundo, parecia até alguma programação computadorizada. Na grande maioria das vezes eram 5 cofs por intervalo e nos momentos de crise perdia-se o fôlego. Outra coisa curiosa que notei nas gravações foi que, quando se ouvia alguém tussir, imediatamente a tosse vinha, semelhante aquele fenômeno do bocejo, então, isolar-se um pouco faz bem.
As vovós dizem para se alimentar bem, isso eu sempre faço e costumo literalmente dobrar a quantidade de alimentos ingeridos o que reduz o ciclo de qualquer gripe para uns dois dias no máximo. Óbviamente que não me curei mas muito me ajudou pois meu único sintoma era a tosse, ou seja, estava sem os outros sintomas chatinhos como, coriza, catarro, febre, inflamações na gartanta etc. Passar vick vaporoub na sola ou na planta dos pés para aliviar a tosse não funcionou mas já vi muitos relatos positivos dessa prática. As sopas e os chás quentes aliviam bastante, principalmente a noite. As pastilhas, tipo valda ou halls também ajudam mas elas só funcionam nas duas ou três primeiras "chupadas" e depois perdem o efeito. O mel junto com outros diversos ingredientes, manteiga, própolis, alho, limão, seja quente ou em temperatura natural não ajudam muito. Eles podem funcionar como pastilhas pois tudo que gera salivação é bem vindo mas são pouco eficientes para essa função. Não sei a explicação disso e é mais um conselho de vovó, tomar banho antes do tempo esfriar tem uma importância significativa no alívio dos sintomas nas primeiras horas da noite. Não vou citar nenhum medicamento industrial aqui pois a maioria deles simplesmente não funciona ou só funcionam na primeira dose.
A lição, a compreenssão mais importante disso tudo foi a nível psicológico. Em certos momentos da crises, estando muito debilitado e sem dormir, que é o pior de tudo, um grande desespero me assolava o que gerava uma espécie de fé. Quando digo "fé", digo aquela comum mesmo pois existem alguns tipos de "sensações-crença" que, errôneamente são chamados de fé, uma delas é a "vontade". Sabendo que tenho uma certa repulsa desse tipo de fé comum, me parece que esse ocorrido fez parte de algum mecanismo psicológico auto-tranquilizador. Não posso dizer que valorizo esses tipos de experiências como deveria, a ponto de fincá-los como uma compreensão mas, todo sofrimento quando não deixa sequelas ou traumas é benéfico e é um ótimo "despertador".
17 de abr. de 2011
Observação - Singularidades
As pessoas, de um modo geral, com suas características pessoais ¨espúrias¨ possuem uma contra-parte extremamente elevada, digna de veneração.
13 de abr. de 2011
10 de abr. de 2011
8 de abr. de 2011
Anotações 2
Do espelhamento de uma imagem para a personalidade
Do comportamento automático diante de cada objeto externo
Sofrimento voluntário sem dor
Anotações
Insight temas desenvolver
Do prazer e do estar bem
Da consciência corporal
Das implicações da aplicação de uma possível lei fundamental universal
Da percepção despreconceituosa
31 de mar. de 2011
Citação - Seneca
18 de mar. de 2011
Psiquismo III
Qual é o papel de quem "pensa", de quem "ama", de quem "faz"? E qual o papel de quem acha que pensa, acha que ama ou acha que faz? Torna-se evidente a deficiência da compreensão prejudicada pela linguagem que por sua vez repercurte na "realidade". Ação/criação, essa é a grande diferença. É a partir daí que recebe-se a "percepção experimental" relativa à cada uma dessas partes. É assim que se quebra um ciclo vicioso, ou digamos, normal. É assim que se progride. Esse é um "conceito" relativamente complicado de se compreender pois, o que todos chamam de ação, é na verdade reação, apesar de toda reação ser uma ação, hehe. Ou seja apenas um conceito. Fica clara a divisão e o domínio dos homens subordinados a uma aparente inderteminada quantidade de "leis" daqueles que escolhem subordinar-se a essas "leis". Há o componente "escolha" e a compreensão disso é um caminho sem volta, tornando tudo o que antes era de suma importância, em banalidades. É deveras complicado expressar e compreender esses assuntos metafísicos somente pela leitura, para não dizer impossível. No cerne de muitas tradições antigas é possível encontrar a mesma coisa e ceifar aquele "pensamento-sensório" da "busca" para então, tranquilizar-se.
Muito se fala de evolução, de progresso da humanidade e muito pouco de involução. Isso é uma outra característica da unilateralidade da percepção. Uma espécie de inconsciência pois, estar cônscio, adaptando dois específicos conceitos de culturas diferentes, significa basicamente desenvolver um "estado de observador" ou desenvolver um "pensamento imparcial" perante a tudo. Se admitimos a evolução, é obrigatório admitir a involução. Quando se fala de ciência, fica mais chato separar as coisas mas, é certo que, tudo o que é relevante ganhou apenas uma nova roupagem, em suma, mais objetiva. Talvez para pessoas excepcionais, há vantagens de tamanha objetivação, classificação e delimitação de tudo. Voltando... podemos então analisar a evolução, ou melhor, a "educação" do homem separadamente pelas suas partes. É melhor usar o termo que se assemelha a educação pois dizer evolução consistiria numa análise completa do ser, coisa muito improvável de ser feita. Pois bem, cada uma dessas partes possuem também as propriedades que podemos chamar de "universais" tais como: velocidade, ritmo, polaridade etc. Estimular e absorver a experiência de maneira consciente consiste em identificar também a natureza da experiência mediante a relação com essas partes. Sabendo que, cada parte progride em níveis diferentes, em velocidades diferentes, em momentos diferentes e por diferentes experiências. O único laboratório para a aplicação disso tudo é em si mesmo e, talvez, de uma maneira disfarçada, na família onde inicialmente identificam-se as deficiências, corrigem-se essas deficiências e posteriormente desenvolvem-se outras capacidades. Tudo isso exige muito tempo para aplicação, as receitas já prontas são de difícil decifração, vamos então na tentativa, entre erros e acertos.
Como predomina a unilateralidade no mundo, a normalidade, e como sempre predominou, tais estudos e percepções só fazem sentido quando tudo aquilo que "entrerte", que "ludibria", que "distrai" o homem perde sua "graça". A filosofia, a verdadeira, ou aquela que não é institucionalizada, ou comercializada, ou popularizada, é um bom caminho a se tomar, ela permite trafegar em diferentes áreas e dialogar entre as diversas ciências tornando claro o que cada um deve fazer/ser, que é apenas uma coisa...
28 de fev. de 2011
15 de fev. de 2011
Zen
- "Não o vi por todo o verão, o que tens feito?"
- "Estive cultivando um pedaço de terra e terminei de plantar umas sementes."
- "Então não desperdiçaste o verão!"
- "Nem um pouco! E tu, como passaste o verão?"
- "Uma refeição por dia e um bom sono à noite!"
- "Ah! Então também não desperdiçaste o verão!"
14 de fev. de 2011
Zen
"A vela apagou", disse o primeiro monge.
"Não devíamos ficar em silêncio completo?", perguntou o segundo.
"Por que vocês dois quebraram o silêncio?", perguntou o terceiro.
"Ah! Eu fui o único que não falou", exclamou o último monge.
3 de fev. de 2011
Meditação - Chuang Tzu
- Quanta habilidade você tem! Existe algum modo especial de fazê-lo?
- Eu tenho um modo - respondeu o corcunda. Nos cinco ou seis primeiros meses, eu me exercito equilibrando duas bolas, uma em cima da outra, na ponta da vara, e, se elas não caírem fico sabendo que perderei pouquíssimas cigarras. Depois equilibro três bolas, e, se elas não caírem fico sabendo que será tão fácil pegá-las quanto agarrá-las com a mão. Sustento o corpo como se fosse um tronco rijo de árvore e uso o braço como se fosse um velho galho seco. Por vastos que sejam o céu e a terra, por numerosas que sejam as dez mil coisas, não me dou conta de nada a não ser das asas das cigarras. Sem oscilar, sem inclinar-me, sem permitir que nenhuma das dez mil coisas tomem o lugar das asas da cigarra... como posso deixar de ser bem-sucedido?
*5 bolas = 5 sentidos
19 de jan. de 2011
Estâncias johnsonianas sobre meditação
1- Agora algumas novas estâncias mnemônicas sobre meditação.
2- A meditação disciplina e desenvolve a mente, aprofundando-lhe o conhecimento e a experiência.
3- Praticada regularmente, focalizada num objeto de meditação, por um período de quinze a trinta minutos, uma ou duas vezes por dia.
4- Difícil de se iniciar, pouco promissora, frustrante, parecendo não se dirigir para a meta, abandona-se facilmente a meditação.
5- A alternativa leva ao início de uma nova consciência.
6- A nova consciência traz uma percepção subjetivamente aprofundada por meio da atenuação do limiar da consciência, permitindo que imagens interiores e conhecimentos jorrem para a atenção interiorizada.
7- Atingir estados de consciência meditativos, subjetivamente alterados, torna-se mais fácil à proporção que a prática traz uma habilidade de "ingressar no silêncio" da mente.
8- A meta final da meditação é chegar ao êxtase.
9- O estado extático nos permite sair da nossa consciência comum para aprender.
10-O êxtase é um conjunto de estados de consciência, temporários, intemporais, não delimitados no espaço, em que, por meio da ativação da psique profunda, capacidades mentais adicionais e energias são ativadas.
11- Os meditadores decidem como empregarão as habilidades mentais cultivadas no êxtase da meditação.
12- A história humana indica que os xamãs e outros utilizavam esses poderes não só para lograr conhecimentos puramente empíricos e metas como também para curar e orientar em questões de espírito (inclusive a jornada da alma na morte).
13- Para a autotransformação o êxtase proporciona uma aprendizagem que amadurece a perspectiva da pessoa sobre o mundo e sobre as outras pessoas, passando do ponto de vista do jovem preocupado consigo mesmo para a abertura mais acolhedora da maturidade adulta.
14- Alcança-se o êxtase meditativo pela disciplina do corpo, da respiração e da mente.
15- Essas disciplinas pertencem sobretudo ao começo do autodesenvolvimento meditativo; mais tarde poderemos levar o estado meditativo assim cultivado para a ação no mundo.
16- Primeiro acomode o corpo numa posição relaxada e confortável para a meditação.
17- Conserve a mesma posição sempre que praticar, como uma deixa para ingressar no silêncio.
18- Aprenda a manter essa posição, com o mínimo de movimentos e feedback negativo do corpo, durante uns confortáveis vinte minutos de cada vez.
19- Em seguida, estabilizando o corpo nessa posição, atente para a respiração; seja cônscio da inspiração e da expiração para iniciar o processo de aprofundamento, respire deliberada, silenciosa e profundamente algumas vezes; você pode contar suas respirações, de um a dez, por um período de vários minutos ou até mais.
20- Ou pratique outras maneiras de concentrar-se na respiração.
21- Depois de a respiração se acalmar e se regularizar, passe para o estádio meditativo seguinte.
22- A disciplina da mente sobrevém quando você a focaliza, usando o sentido interior, ou um ou mais sentido externos, num objeto apropriado de meditação.
23- A característica define que o estado de meditação é que ele (em geral) surge pela concentração da mente num objeto de meditação durante certo período de tempo.
24- O objeto de meditação pode ser a inspiração e a expiração, um conjunto de sílabas repetidas indefinidamente (o mantra sanscrítico), uma palavra ou frase significativas, uma ideia, uma imagem visual, um ambiente imaginado ou uma experiência que criamos na tela da imaginação.
25- O objeto de meditação pode ser focalizado por intermédio dos sentidos físicos isolados ou combinados, como acontece quando escolhemos um som ou uma música para objeto do sentido auditivo, ou um ícone, imagem ou desenho para objeto do sentido visual, ou uma cena de experiência integral, que envolve todos os sentidos.
26- Pratique com regularidade a disciplina dos sentidos e da mente: uma ou duas vezes ao dia, durante vinte ou trinta minutos.
27- Isso lhe permitirá experimentar êxtases meditativos e ser capaz de ingressar neles.
28-Ou, pensando do ponto de vista dos estudos das ondas cerebrais, o funcionamento do hemisfério direito do cérebro se desenvolve e as ondas cerebrais aumentam, associadas ao relaxamento em ambos os hemisférios; às vezes os dois entram em atividades sincronicamente.
29- Da perspectiva do conhecimento experimentado no êxtase meditativo, pode desenvolver-se um acesso maior ao conteúdo do eu mais profundo, inclusive o sonho, a fantasia, a imaginação, a visão e o pensamento criativo; e os poderes psíquicos podem ser ativados e controlados de modo consciente para ir além do império dos sentidos físicos.
30- Ou podemos aplicar essa potencialidades mentais, alcançadas e desenvolvidas no cultivo da meditação, a qualquer uma das metas que decidamos tentar atingir na vida.
31- O êxtase meditativo não tem nenhum significado ou meta intrínsecos; os estados e práticas de meditação existem destituídos de conteúdo doutrinário; a sua prática é não inflacionária; sendo neutros, eles podem ser praticados em qualquer sistema de pensamento aplicado na direção de qualquer meta.
32- À proporção que indivíduos de mentalidade científica e humanística praticarem e desenvolverem o conhecimento da meditação, opções e oportunidades grandemente aumentadas de crescimento meditativo se tornarão acessíveis.
33- Toda pessoa e toda cultura exigem equilíbrio para viver harmoniosamente dentro dos confins e limites estabelecidos pela realidade; a meditação equilibra o funcionamento bicameral da mente, aprofunda o autoconhecimento e o domínio de si mesmo, amadurece, fortalece e alcama os que praticam, oferecendo a perspectiva que mais ocorrerá para o futuro humano coletivo, ou seja, a da evolução ulterior da consciência.
34- Integrando um componente meditativo na evolução da consciência humana, sua integridade, seu bem-estar e sua compaixão aumentarão e serão logradas, para benefício de todos os interessados.
5 de jan. de 2011
2 de jan. de 2011
Psiquismo II
Essa percepção direta é agora a preocupação central, pois depois de identificado tudo aquilo que pode ser tomado como base para referenciar-se resta saber como vivificar tais "referenciais". E agora, para que fique mais ou menos claro o que quero dizer, referenciar-se nada mais é do que a criação de um estado "intelecto-emocional" apropriado à uma determinada situação. "Intelecto-emocional" está longe do que isso representa mas é onde a linguagem nos permite representar. É possível encontrar uma descrição mais próxima disso em alguma grande tradição, religião, linhagem psicológica ou filosófica, entretanto, ainda não estou apto para fazer tais comparações. Para resumir ainda mais, digamos que é a alteração do "estado normal de consciência" afim de transformar os reflexos internos causados por objetos externos em algo controlável. Engana-se monstruosamente quem concebe a negação disto. Detesto fazer tais afirmações imperativas mas as vezes é necessário, mesmo que não seja verdade. Muito paradoxal para minha formação moral mas há uma explicação para isso que não convém ao momento.
Como mero estudante independente, espero ouvir críticas, sugestões e correções para eventuais falhas nas minhas exposições. Começo cada vez mais a apreciar e identificar-me com pensamentos holísticos, esotéricos, mitológicos. Não pela sua representação fantástica mas pela sua psicologia. Assim como Jung, por exemplo, com seus diversos estudos alquímicos. A idade e maturação de tais sistemas é o fator chamativo, pois há muito tempo eles fornecem chaves de referenciais para a psique, enquando a nossa psicologia moderna apenas engatinha. Essas palavras não são minhas mas dou total crédito ao meio em que é comum ouvi-las. Ainda não está claro mas começa a ter sentido uma associação entre referenciar-se e a iniciação dos antigos ou a morte e renascimento. Entretanto, "referenciar-se", do modo como o vejo, permite um tráfego muito maior de estados, diferentemente da iniciação que é algo mais sólido e fundamentado. A iniciação deveria ser a meta mas nosso modo de vida não nos permite alcançá-la.