31 de ago. de 2012

Política - Anotações - Ingenuidades I

Há muito tempo atrás, quanto tinha em torno de 10 anos, acreditava que todos aqueles que ocupavam um cargo "político", haviam cursado alguma espécie de "faculdade de política". Jurava... acreditava... era a lógica... quanta ingenuidade! Mais tarde descobri que qualquer pessoa poderia ser um "político de profissão" e que não existia nenhuma formação ou obrigação específica para ser cumprida... assim como existe para a maioria das profissões... minha cabeça deu um nó. Naquela época acreditava, é claro, por impulso dos "mais velhos", que a educação era uma obrigação.

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Inventei um bordão:
"Político que faz obras
em época de eleição
merece total indignação"

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Há falhas nos fundamentos, na "filosofia do sistema" de escolhas, é algo mais profundo e manipulado. As pessoas, os eleitores são pessoas dos mais variados tipos, formações, culturas, graus, cada um com características e experiências múltiplas, diversas. Grandes grupos, "sociedades" influenciadas por alguns fluxos dominantes. Os números estatísticos são estudos para formas de controle, e não valem de muita coisa... por mais que se diga que o analfabetismo está na faixa de x%, isso não corresponde a realidade. A grande maioria das pessoas são, ingênuas. Digo isso tanto no sentido literal mas também acrescentando a idéia de ignorância, a falta de experiência no meio político, a falta de informação e sobretudo a falta do "pensar por si". Quando uma maioria exerce o seu direito de votar, e considerando que essa é uma "maioria ingênua"... o que pode acontecer? As eleições, ou o sistema de escolha, ou de representação, etc... se baseia na quantidade de votos. O que aconteceria se o sistema se baseasse na qualidade dos votos e não na quantidade? Se um determinado político recebe a maioria dos votos, isso não significa que ele é a opção de "melhor qualidade". Quando o sistema olhar as pessoas com discriminação, talvez as coisas mudem. Digo talvez por que os seres que querem se dar bem as custas dos outros sempre acham uma brecha para tudo. A discriminação não é no sentido de negação, mas de fato, as pessoas possuem uma "medida de peso", pelo que elas são e pelo que elas fazem. Assim é a natureza e para "remediar" isso, existe a evolução. A idéia de meritocracia da elite não me agrada, porque ela é falsa desde o princípio... onde nem todos partem da mesma linha de partida, e nem todos competem de forma justa e igualitária ao longo da "corrida"... existe muita discrepância. Quando o voto do eleitor, assim como os candidatos, tiverem um "peso qualitativo", quando forem escolhidos pelos pontos positivos, muita coisa vai mudar.
 
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Coisas que se na boca do povo: "Ha! Você viu? A dona Fulana se candidatou! Você sabe quem é né? Mulher boa! Trabalhadora! E o Seu Cicrano... Trabalhava la no lugar X..."

Desde o momento que passei a observar um pouco mais o mundo e as pessoas, frases desse tipo sempre me surpreendem pelo fato de eu nunca ter ouvido falar o nome da Dona Fulana ou do Seu Cicrano... Quando vejo um diálogo desses por aí... paro e vasculho em minha memória, algo sobre o Seu Cicrano... geralmente nada me vem à mente. Será que tenho algum problema? É muito comum ver pessoas assim, ingênuas... ou então, aquelas demasiadamente pessimistas.


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Adquiri, via meus estudos sobre estudos de outros, o apreço pelos ditos populares. Atribuo a eles o título de "sabedoria das idades" ou "sabedoria das eras". Um pouco pomposo mas prefiro-o enxergar assim. Há um que diz:"cabeça vazia, oficina do diabo". É vero! Entretanto serve para os dois lados... Quando se mantém o povo ocupado. Não existe tempo para divagar sobre questões públicas, políticas, filosóficas, diretas e objetivas. Manter o povo ocupado significa: menos "dores de cabeça" para quem está no controle. Esse sistema é tão antigo que está incorporado na "genética psicológica" e orgânica de todo ser "político escravagista". De certo que, é um pouco culpa da natureza, onde: "o mais fraco se submete ao mais forte". Ou a aplicação de uma lei superior sobre uma inferior... É um pouco também da velha história de adquirir coisas que você não precisa. De fato estamos muito "domesticados"... perdemos com essa domesticação toda, ou quase toda, "vontade de ação diante de acontecimentos que exigem uma "re-ação". Está incorporado em nossa personalidade essa desgraçada característica psíquica. Quando se tem o que comer, beber e passar o tempo... mesmo que isso seja o mínimo, as pessoas irão se submeter. Esse é um ciclo vicioso, funesto e é o atual fluxo, da humanidade. É preciso ser/estar "esperto" para viver nessa sociedade tomando todos os cuidados para não se infectar, é preciso estar consciente, tarefa nada fácil e que por diversas vezes te derruba. Quebrar esses fluxo vicioso significa ter experiências extraordinárias, coisa que muito dificilmente irá acontecer para quem anda com a boiada. Tais experiências acometem a minoria das minorias, e olhe lá... Vejo o mundo contendo diversos fluxos... talvez um dia destrincharei essa minha visão, mas por agora não me sobra tempo nem para as necessidades básicas...

20 de ago. de 2012

Referenciais - Anotação

Tal estado advém de um estímulo do intelecto. Germinando assim as emoções que culminam na ação. Completar...