19 de jan. de 2011

Estâncias johnsonianas sobre meditação

Que fortúito encontrar isso.

1- Agora algumas novas estâncias mnemônicas sobre meditação.

2- A meditação disciplina e desenvolve a mente, aprofundando-lhe o conhecimento e a experiência.

3- Praticada regularmente, focalizada num objeto de meditação, por um período de quinze a trinta minutos, uma ou duas vezes por dia.

4- Difícil de se iniciar, pouco promissora, frustrante, parecendo não se dirigir para a meta, abandona-se facilmente a meditação.

5- A alternativa leva ao início de uma nova consciência.

6- A nova consciência traz uma percepção subjetivamente aprofundada por meio da atenuação do limiar da consciência, permitindo que imagens interiores e conhecimentos jorrem para a atenção interiorizada.

7- Atingir estados de consciência meditativos, subjetivamente alterados, torna-se mais fácil à proporção que a prática traz uma habilidade de "ingressar no silêncio" da mente.

8- A meta final da meditação é chegar ao êxtase.

9- O estado extático nos permite sair da nossa consciência comum para aprender.

10-O êxtase é um conjunto de estados de consciência, temporários, intemporais, não delimitados no espaço, em que, por meio da ativação da psique profunda, capacidades mentais adicionais e energias são ativadas.

11- Os meditadores decidem como empregarão as habilidades mentais cultivadas no êxtase da meditação.

12- A história humana indica que os xamãs e outros utilizavam esses poderes não só para lograr conhecimentos puramente empíricos e metas como também para curar e orientar em questões de espírito (inclusive a jornada da alma na morte).

13- Para a autotransformação o êxtase proporciona uma aprendizagem que amadurece a perspectiva da pessoa sobre o mundo e sobre as outras pessoas, passando do ponto de vista do jovem preocupado consigo mesmo para a abertura mais acolhedora da maturidade adulta.

14- Alcança-se o êxtase meditativo pela disciplina do corpo, da respiração e da mente.

15- Essas disciplinas pertencem sobretudo ao começo do autodesenvolvimento meditativo; mais tarde poderemos levar o estado meditativo assim cultivado para a ação no mundo.

16- Primeiro acomode o corpo numa posição relaxada e confortável para a meditação.

17- Conserve a mesma posição sempre que praticar, como uma deixa para ingressar no silêncio.

18- Aprenda a manter essa posição, com o mínimo de movimentos e feedback negativo do corpo, durante uns confortáveis vinte minutos de cada vez.

19- Em seguida, estabilizando o corpo nessa posição, atente para a respiração; seja cônscio da inspiração e da expiração para iniciar o processo de aprofundamento, respire deliberada, silenciosa e profundamente algumas vezes; você pode contar suas respirações, de um a dez, por um período de vários minutos ou até mais.

20- Ou pratique outras maneiras de concentrar-se na respiração.

21- Depois de a respiração se acalmar e se regularizar, passe para o estádio meditativo seguinte.

22- A disciplina da mente sobrevém quando você a focaliza, usando o sentido interior, ou um ou mais sentido externos, num objeto apropriado de meditação.

23- A característica define que o estado de meditação é que ele (em geral) surge pela concentração da mente num objeto de meditação durante certo período de tempo.

24- O objeto de meditação pode ser a inspiração e a expiração, um conjunto de sílabas repetidas indefinidamente (o mantra sanscrítico), uma palavra ou frase significativas, uma ideia, uma imagem visual, um ambiente imaginado ou uma experiência que criamos na tela da imaginação.

25- O objeto de meditação pode ser focalizado por intermédio dos sentidos físicos isolados ou combinados, como acontece quando escolhemos um som ou uma música para objeto do sentido auditivo, ou um ícone, imagem ou desenho para objeto do sentido visual, ou uma cena de experiência integral, que envolve todos os sentidos.

26- Pratique com regularidade a disciplina dos sentidos e da mente: uma ou duas vezes ao dia, durante vinte ou trinta minutos.

27- Isso lhe permitirá experimentar êxtases meditativos e ser capaz de ingressar neles.

28-Ou, pensando do ponto de vista dos estudos das ondas cerebrais, o funcionamento do hemisfério direito do cérebro se desenvolve e as ondas cerebrais aumentam, associadas ao relaxamento em ambos os hemisférios; às vezes os dois entram em atividades sincronicamente.

29- Da perspectiva do conhecimento experimentado no êxtase meditativo, pode desenvolver-se um acesso maior ao conteúdo do eu mais profundo, inclusive o sonho, a fantasia, a imaginação, a visão e o pensamento criativo; e os poderes psíquicos podem ser ativados e controlados de modo consciente para ir além do império dos sentidos físicos.

30- Ou podemos aplicar essa potencialidades mentais, alcançadas e desenvolvidas no cultivo da meditação, a qualquer uma das metas que decidamos tentar atingir na vida.

31- O êxtase meditativo não tem nenhum significado ou meta intrínsecos; os estados e práticas de meditação existem destituídos de conteúdo doutrinário; a sua prática é não inflacionária; sendo neutros, eles podem ser praticados em qualquer sistema de pensamento aplicado na direção de qualquer meta.

32- À proporção que indivíduos de mentalidade científica e humanística praticarem e desenvolverem o conhecimento da meditação, opções e oportunidades grandemente aumentadas de crescimento meditativo se tornarão acessíveis.

33- Toda pessoa e toda cultura exigem equilíbrio para viver harmoniosamente dentro dos confins e limites estabelecidos pela realidade; a meditação equilibra o funcionamento bicameral da mente, aprofunda o autoconhecimento e o domínio de si mesmo, amadurece, fortalece e alcama os que praticam, oferecendo a perspectiva que mais ocorrerá para o futuro humano coletivo, ou seja, a da evolução ulterior da consciência.

34- Integrando um componente meditativo na evolução da consciência humana, sua integridade, seu bem-estar e sua compaixão aumentarão e serão logradas, para benefício de todos os interessados.

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