2 de jan. de 2011

Psiquismo II

Me faz rir, e espero que continue assim, observar a direção dos pensamentos que tomamos como máximas se tornarem nulas ou quase isso. Depois de fazer uma certa analogia de estudos pessoais que chamo de "referenciais", por falta de um nome melhor, com o famoso "mito da caverna" e de uma compreensão popular da "teoria da relatividade", eles perderam um pouco da força que tinham, basicamente porque os considerava como únicos. Que ingênuidade de minha parte! Entretando, a questão-problema dos "referenciais" continua me afligindo. Agora porém, não em sua identificação mas em sua sua forma de aplicação consciente. A cada investida sincera, digamos, do "pensamento", ou a cada meditação sobre esse tema, uma compreensão, uma desfragmentação do funcionamento do psiquismo humano ocorre. Por enquanto não há um método, há apenas percepções de fatos aleatórios que posteriormente, no momento meditativo adequado, são passadas pelo crivo de minhas impressões diversas afim de retirar a "compreensão direta" do fato.

Essa percepção direta é agora a preocupação central, pois depois de identificado tudo aquilo que pode ser tomado como base para referenciar-se resta saber como vivificar tais "referenciais". E agora, para que fique mais ou menos claro o que quero dizer, referenciar-se nada mais é do que a criação de um estado "intelecto-emocional" apropriado à uma determinada situação. "Intelecto-emocional" está longe do que isso representa mas é onde a linguagem nos permite representar. É possível encontrar uma descrição mais próxima disso em alguma grande tradição, religião, linhagem psicológica ou filosófica, entretanto, ainda não estou apto para fazer tais comparações. Para resumir ainda mais, digamos que é a alteração do "estado normal de consciência" afim de transformar os reflexos internos causados por objetos externos em algo controlável. Engana-se monstruosamente quem concebe a negação disto. Detesto fazer tais afirmações imperativas mas as vezes é necessário, mesmo que não seja verdade. Muito paradoxal para minha formação moral mas há uma explicação para isso que não convém ao momento.

Como mero estudante independente, espero ouvir críticas, sugestões e correções para eventuais falhas nas minhas exposições. Começo cada vez mais a apreciar e identificar-me com pensamentos holísticos, esotéricos, mitológicos. Não pela sua representação fantástica mas pela sua psicologia. Assim como Jung, por exemplo, com seus diversos estudos alquímicos. A idade e maturação de tais sistemas é o fator chamativo, pois há muito tempo eles fornecem chaves de referenciais para a psique, enquando a nossa psicologia moderna apenas engatinha. Essas palavras não são minhas mas dou total crédito ao meio em que é comum ouvi-las. Ainda não está claro mas começa a ter sentido uma associação entre referenciar-se e a iniciação dos antigos ou a morte e renascimento. Entretanto, "referenciar-se", do modo como o vejo, permite um tráfego muito maior de estados, diferentemente da iniciação que é algo mais sólido e fundamentado. A iniciação deveria ser a meta mas nosso modo de vida não nos permite alcançá-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário