5 de jun. de 2010

Abstrato Sólido IV

O que pode abalar uma mente consciente?
Uma mente consciente não tem medo. O controle é pleno. Seus limites e sua capacidades são conhecidos. Uma mente consciente é antes de tudo uma mente elástica. Ela se adapta as mais diversas situações, com facilidade e velocidade, é necessário que seja assim. Pouco importa o ambiente que ela se encontra, ela está sempre procurando meios de progredir, de facilitar, de pratificar algo naquele ambiente caso aja oportunidade.

Ela quer fluxo, pois sabe que, sem fluxo periga-se a "permanência". A permanência em si, em essência, só existe em abstração, tudo está em movimento. O que se chama de permanência, é um movimento que está muitíssimo lento. As mentes desejam movimento, necessitam de movimento, querem o movimento, essa é sua natureza. Permanecer significa "estar morto durante esse tempo". Movimento, vida, karma, ação, esses são diversos nomes para a mesma coisa.

A mente consciente consegue através das experiências desvelar os diversos caminhos que estão ao alcance. Ela analisa os obstáculos iniciais e prevê os que podem ocorrer em cada caminho. Alguns ela pula, outros ela se desvia e outros ela quebra.

Ela é discreta, pois sabe que, chamar a atenção para si, significa receber um fluxo muito grande de outras mentes sedentas de consciência. Ela procura agir em anonimato pois assim, ela ilumina e não corre riscos.

Ela não é omnipotente, não é omnisciente, não é omnipresente mas para as mente menos desenvolvidas ela é. Ela é apenas abrangente, vislumbrou mais coisas e consegue, por meio de suas experiências, fazer analogias que a coloca mais próxima da essência das coisas. Como se não precisasse mais da diversidade para progredir. Só a diversidade extraordinária tem algum valor para ela.

Ela compreende enormemente os mecanismos naturais e sociais. Ela sabe que por vezes terá que sacrificar-se para poder progredir, terá que fazer coisas que não a agrada mas que são necessárias para atingir certos objetivos que são definidos por ela ou pela casualidade. Seja para aproveitar de alguma situação ou para criar alguma outra situação. Sendo assim, ela compreende e prova para si mesma que ainda não é consciente o suficiente.

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